Review : Yonder : The Cloud Catcher Chronicles (PS4, Switch, PC)





Graças ao sucesso de títulos como Stardew Valley e My Time at Portia, outros desenvolvedores notaram o interesse do público pelo gênero e começaram a lançar outros títulos. Um deles é Yonder: The Cloud Catcher Chronicles, lançado para PS4, Switch, Xbox e Steam.

Após criar o seu personagem, o jogador sobrevive a um naufrágio ao se aproximar da ilha de Gemea. O local é um paraíso natural com um mistério assolando seus moradores: maior civilização da ilha desapareceu após um miasma (chamado de Musk) surgiu na ilha. O ancião do vilarejo mais próximo do local do incidente encoraja o jogador a manter sua própria fazenda e o protagonista descobre que é capaz de fazer um pacto com criaturas mágicas conhecidas como sprites, que são capazes de limpar o miasma.

O game é divido em oito áreas, a maioria delas com um local para montar uma fazenda após certos requerimentos (limpar o miasma ou coletar o material). O objetivo do jogo é coletar sprites para limpar o miasma e realizar missões dos NPCs para localizar o Reino Antigo e descobrir o que aconteceu no local, mas não há um senso de urgência ou perigo – não há combate neste jogo. Apenas coletar material, aprender a criar objetos novos e manter a sua fazenda, no seu ritmo.




Para restaurar a ilha, além de eliminar o miasma o jogador também tem que plantar árvores e fazer sua fazenda prosperar. O game conta com um sistema de construção, onde o jogador coleta materiais para criar currais para criar animais e vasos para plantar sementes de árvores ou plantações, de uma maneira bem simplificada e direta. Para criar animais, é necessário construir manjedouras e bebedouros além do curral de tamanho apropriado e então localizar uma criatura selvagem no mapa, oferecer um alimento e atrair-la para dentro da fazenda para poder adotar-la. Cada animal produz algo diferente que pode ser usado para construir alguma coisa ou para trocar com os vendedores. Também é possível contratar qualquer NPC para cuidar da sua fazenda e coletar a produção e alimentar os animais (sim, até mesmo os NPCs importantes após realizar as missões deles), porém, ao contrário de outros titulos do genero, não é possível ter um par romantico.





Aliás, este é um dos pontos negativos: embora o game tenha vários personagens charmosos e ambientes interessantes, tudo é muito superficial. Talvez seja a proposta do título, algo bem simples e sem complicação, mas há certos aspectos que poderiam enriquecer a experiência.


Outro aspecto um pouco irritante é o sistema de craft. Para chegar no final da história, é quase mandatório obter todas as profissões – entretanto, não é possível criar todos os itens necessários para tarefas cotidianas ou importantes. Como um mestre carpinteiro não é capaz de fazer uma prancha? Ou um mestre artesão que não sabe fazer um pote de barro, que é necessário para fazer tintas? O jogador precisa ir em certos pontos do mapa e trocar itens para NPCs fazerem certos materiais ou encontrar vendedores que tenham em estoque e trocar – o jogo não tem dinheiro, tudo é a base de troca. Isto leva a várias viagens pelo mundo, estendendo a jornada.




Yonder é um jogo para relaxar e manter a sua fazenda, mas também é um “fetch quest” e explorar o mapa, coletando itens. Com um visual simples e jogabilidade despretensiosa, é um destes títulos que o objetivo é a jornada e a descoberta, não o seu final.

Postar um comentário

0 Comentários