2019 não é o ano da Blizzard. Houve o fiasco da Blizcon do ano anterior, em que eles não esperavam a recepção negativa de Diablo Immortal e, apesar do anuncio de uma arrecadação recorde a Activision ordenou que a Blizzard mandasse funcionários embora para aumentar a margem de lucros em Fevereiro. Funcionários com menos de 15 anos tinham uma escolha: redução do salário ou demissão.
Em Abril, um dos fundadores e ex-presidente da companhia, Mike Morhaime, deixou a Blizzard. Ainda em Abril, o jogo que eles criaram para competir com Magic The Gathering, Hearthstone, estava em estado critico e perdia jogadores e estavam na dúvida se haveria um campeonato mundial este ano. E para completar, o Heroes of the Storm nunca foi para frente (para quem não sabe, a Blizzard dormiu no ponto e não conseguiu assegurar o nome “League of Legends”).
Em Junho, um ex-funcionário postou várias informações no 4Chan e vários itens se concretizaram. Houve 4 projetos cancelados em 3 meses. Segundo o anônimo, começaram a focar toda a atenção em Diablo 4 depois do fiasco da Blizzcon e a investir no Overwatch 2 – mas que não era para os jogadores esperarem mudanças dramáticas na engine do game pois haveria o port para o Switch (e houve, lançado em Outubro). Planos de contratar estudantes universitários como “peões” para terem “seu trabalho exposto” e fazer eles trabalharem mais e ganhar uma miséria. Também citou que é proibido mencionar Final Fantasy XIV para não desmoralizar quem trabalha no World of Warcraft, e que havia um clima de “nós contra eles” entre o time do WoW “main” e do “classic”. Eles tinham loot crates planejado, mas com a proibição na Bélgica das mecânicas de azar eles decidiram adiar. Starcraft? Todos os projetos relacionados foram cancelados, RTS é considerado um “gênero morto” pela Blizzard.
Agora em Outubro, logo na primeira terça-feira, houve um escândalo . Durante a liga asiática de Hearthstone, um competidor de Hong Kong realizou um “mini-protesto” pela liberdade de seu país. Após a partida os casters estavam entrevistando o vencedor, Blitzchung, que estava usando uma máscara e outros símbolos dos protestos. Como o que ele estava falando foi abafado, os entrevistadores pediram para ele falar mais claramente e, ao retirar a máscara, ele falou “Liberdade para Hong Kong. Revolução da nossa era!”. Imediatamente os dois entrevistadores se esconderam debaixo da mesa e o feed foi cortado. Logo depois veio o anuncio que Blitzchung (Chung Ng Wai) estava banido da competição por “ofender uma porção do publico, trazer conflito ou denegrir a imagem da Blizzard” e teve o seu prêmio rescindido. Os entrevistadores foram despedidos. No site chinês, a Blizzard se pronunciou “indignada” e que faria o possível para “defender os interesses e a honra de nossa nação (China)”.
Após o acontecido, vários usuários ocidentais começaram a protestar pela decisão da Blizzard: na etapa americana, na liga das universidades, um dos times levantou um cartaz dizendo “Liberte HK, foda a Blizz”. O feed foi cortado e, por um tempo, parecia que nada iria acontecer. O grupo até recebeu a relação dos jogos futuros em que eles deveriam participar mas eles decidiram sair do torneio por conta. Um dos casters americanos, que também era um jogador profissional de Hearthstone, também decidiu parar de jogar.
A situação ficou tão complicada que as ações da Blizzard tiveram uma queda e a battle . net estava congestionada pelo número de pessoas tentando deletar suas contas. O servidor estava sobrecarregado e os usuários estavam tendo mensagens de erro. Mei-Ling, uma das personagens de Overwatch, começou a ser ilustrada com máscaras e guarda-chuvas, itens relacionados com o protesto de Hong Kong. Até mesmo os funcionários da Blizzard começaram a sair dos escritórios para protestar diante da estátua na sede da empresa, cobrindo as inscrições de “pense globalmente” e “todas as vozes importam”.
Na mesma semana, na sexta-feira dia 9, a Blizzard finalmente
fez um anuncio – bem no final do horário comercial, um gesto calculado para mitigar
o impacto – em que iria diminuir a punição do Blitzchung para 6 meses e
devolver o dinheiro que ele tinha direito. E também reverteram a punição dos
entrevistadores para 6 meses de suspenção. Na semana seguinte, também
anunciaram que os jogadores americanos receberiam a mesma punição (6 meses de
ban em capacidade profissional).
Por causa dos protestos, o evento que seria realizado em New York na Nintendo para comemorar o lançamento do Overwatch no Switch foi cancelado pela Blizzard. Não haveria mais sessão de autógrafos com os dubladores, mais nada. Eles temiam protestos e era um evento em parceria com a Nintendo, que poderia causar certo desconforto. Há grupos no reddit organizando protestos na BlizzCon, com direito a gente patrocinando cosplayers de Mei-Ling e outras iniciativas.
O congresso americano enviou uma carta para o CEO da Activision-Blizzard, expressando a sua consternação com a atitude da Blizzard. A imprensa dos EUA tem se focado nos acontecimentos, com reportagens no New York Times, Forbes e até na TV. Para evitar protestos na liga americana, o feed tem apenas mostrado o jogo em si e não os competidores.
Estes dias a Blizzard saiu um pouco de foco, com a Bethesda criando um sistema de assinatura para Fallout 76 (100 dolares o ano) que buggou ainda mais a experiência. Itens desaparecendo, servidores privados que não são privados, entre outros. Entretanto, a “calma” durou pouco.
Há pouco tempo a Blizzard fez um anuncio de uma competição PvP em WoW, e que vão lançar itens comemorativos. Parte do dinheiro arrecadado iria para o prêmio da competição, algo que não é incomum em torneios. Entretanto, eles deixaram um detalhe de fora: normalmente o prêmio em dinheiro é um valor e é acrescentado esta margem das vendas e aumenta o valor total. Só que neste caso, a Blizzard só irá adicionar do próprio bolso caso as vendas não alcancem a meta – sim, o prêmio seria 100% pago pelos consumidores, sem bônus.
Por causa dos protestos, o evento que seria realizado em New York na Nintendo para comemorar o lançamento do Overwatch no Switch foi cancelado pela Blizzard. Não haveria mais sessão de autógrafos com os dubladores, mais nada. Eles temiam protestos e era um evento em parceria com a Nintendo, que poderia causar certo desconforto. Há grupos no reddit organizando protestos na BlizzCon, com direito a gente patrocinando cosplayers de Mei-Ling e outras iniciativas.
O congresso americano enviou uma carta para o CEO da Activision-Blizzard, expressando a sua consternação com a atitude da Blizzard. A imprensa dos EUA tem se focado nos acontecimentos, com reportagens no New York Times, Forbes e até na TV. Para evitar protestos na liga americana, o feed tem apenas mostrado o jogo em si e não os competidores.
Estes dias a Blizzard saiu um pouco de foco, com a Bethesda criando um sistema de assinatura para Fallout 76 (100 dolares o ano) que buggou ainda mais a experiência. Itens desaparecendo, servidores privados que não são privados, entre outros. Entretanto, a “calma” durou pouco.
Há pouco tempo a Blizzard fez um anuncio de uma competição PvP em WoW, e que vão lançar itens comemorativos. Parte do dinheiro arrecadado iria para o prêmio da competição, algo que não é incomum em torneios. Entretanto, eles deixaram um detalhe de fora: normalmente o prêmio em dinheiro é um valor e é acrescentado esta margem das vendas e aumenta o valor total. Só que neste caso, a Blizzard só irá adicionar do próprio bolso caso as vendas não alcancem a meta – sim, o prêmio seria 100% pago pelos consumidores, sem bônus.
A Blizzcon começa agora dia 1 de Novembro, com direito a
transmissão das finais globais de Hearthstone.
Fontes:
- https://www.businessinsider.com/blizzard-bans-3-more-hearthstone-players-for-hong-kong-sign-2019-10
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