Review - Marvel VS Capcom: Clash of Super Heroes (ARC, PS1)

Marvel VS Capcom foi o sétimo jogo da série VS da Capcom. Era o auge da era dos jogos de luta nos arcades e o jogo impressionou em todos os sentidos: havia menos personagens do que em Marvel Super Heroes VS Street Fighter e nos outros, mas os inéditos da Capcom e a quantidade de novidades eram simplesmente épicos.

A história

A “história” se é que dá para chamar assim envolve bater no Onslaught, que era o vilão do momento nas comics da Marvel. Ele é uma fusão do Magneto e do Professor Xavier, e antes de ser controlado o mentor dos X-Men mandou uma mensagem telepática para heróis de dois mundos pedindo ajuda.

Jogabilidade

Como todos os jogos da série VS, é muito fácil fazer especiais e há sempre muito na tela, uma confusão ágil e divertida em toda parte. O atrativo do jogo é a luta em duplas e um assistente: apertando botão de chute forte e soco forte ao mesmo tempo o jogador pode mudar de personagem a qualquer momento durante a partida e o que sai da ação recupera um pouco da energia. Com chute médio e soco médio chama um assistente que é escolhido aleatoriamente antes das lutas e pode ser usado um certo número de vezes e usando meia lua para frente ou para trás e o comando de mudar de personagem ativa um hyper em dupla.

O jogo também tem técnicas mais avançadas, como Throw Escape e Advance Guard, e usando a estratégia certa os especiais em dupla podem ser devastadores: usando um personagem com especial difícil de escapar ou com alto dano por 'chip' (dano tomado quando bloqueia) é possível fazer partidas de alto nível e não apenas só nos especiais.

Versões diferentes

Como era de se esperar a versão do Playstation conta com um numero reduzido de sprites e uma queda discreta no frame rate, além de ter o modo tag removido e o comando de mudar de personagem torna ele um assistente sem limites. Apenas quando se usa o mesmo personagem duas vezes este recurso é mantido. Como “bonus”, depois de zerar com o MegaMan ele ganha o Magnetic Shockwave como mostra no final dele.
A versão do Dreamcast além de ter a conversão perfeita do arcade ainda tem modo para quatro jogadores ao mesmo tempo na tela.

Gráficos

Existem muitos sprites re-aproveitados da série Street Fighter Alpha/Zero e dos jogos da Marvel, mas com muitas estreias (em jogos de luta) na parte da Capcom: Strider Hiryu, MegaMan, Roll (como secreta), Captain Commando e Jin Saotome (de Cyberbots) , além de outros personagens como assistentes: Thor, Arthur (de Ghosts 'n Goblins), Devilotte (Cyberbots), Lou & Siva (Three Wonders), Michelle Heart (Legendary Wings), Pure & Fur (Capcom World 2), Saki Omokane (de Quiz Nanairo Dreams, que virou personagem jogavel em Tatsunoko VS Capcom, Ton Pooh (Strider) e Unknown Soldier (Forgotten Worlds). A maioria dos secretos são versões re-coloridas de outros, como o Hulk Laranja e Shadow Lady, provavelmente para poupar espaço.
Todos os cenários são novos. Alguns mais simples, outros com elementos animados e não há queda de velocidade na versão arcade.

Som

A maioria das trilhas são remixes das musicas temas tradicionais dos personagens, o que dá uma sensação de nostalgia ou de “Ei! Eu conheço esta música” na maior parte do tempo mas o que chama a atenção é a música da Roll, “Kaze yo Tsutaete”, cantada por Yoshino Aoki (que fez a trilha de Breath of Fire IV.
As vozes é aquele exagero bem comum dos jogos de luta, sem mais nem menos.

Conclusão

Um dos melhores jogos de luta já lançado. Por mais que seja exagerado e dê para fazer umas combinações apelativas ainda assim é um jogo mais balanceado do que Marvel VS Capcom 2, por exemplo. É um destes que é muito bom chamar os amigos e passar algumas tardes jogando.