Por que dois-em-um? Ambos são praticamente o mesmo game, com apenas poucas diferenças na mecânica e uma história que completementa a seguinte, tampando buracos. Sem falar que o Duodecim contém ambos os games.
A história
Existem dois deuses em um conflito eterno. Cosmos, a deusa da harmonia costuma heróis de vários mundos para ajudá-la a interromper este ciclo de morte e renascimento enquanto Chaos invoca terríveis vilões para alimentar ainda mais esta guerra, deixando apenas destruição. Porém, depois de tantos anos, o conflito finalmente está começando a ficar ao favor do Chaos, e tudo pode estar finalmente perdido.
Duodecim mostra a história do 12º ciclo, em que Cosmos perdeu muito de seu poder e um grupo separado de heróis formado por Laguna (FFVIII), Kain (FFIV), Tifa (FFVII), Yuna (FFX), Vaan (FFXII) e Lightning (FFXIII) tentam desesperadamente dar alguma chance para que os outros tenham alguma chance no ciclo seguinte.
Mesmo assim, as coisas não são fáceis no 13º ciclo. Muito do poder da Cosmos não retornou para ela portanto está fragilizada. Mesmo assim, os personagens (sem memória dos conflitos anteriores) são enviados para buscar seus respectivos cristais, para juntar poder que irá ajudá-los a derrotar Chaos. Todas as histórias são interligadas, uma completando a outra e cada um encontra seu inimigo do jogo relativo, além de outros obstáculos no modo Destiny Odyssey.
Depois de completar com pelo menos um personagem (ou todos na versão original japonesa), um modo Shade Impulse é liberado. Apesar de todos os esforços uma reviravolta acontece e um ataque chocante quase põe tudo a perder. Mas eles se unem pois nem tudo está perdido ainda: eles tem os cristais, tem uns aos outros e ainda tem algum tempo antes do plano dos seguidores do Chaos entrar em ação.
Em Duodecim ainda há um cenário extra, o "Confessions of the Creator", que narra como que tudo começou e é um modo um pouco mais "livre", sem a interação direta dos personagens.
Existem muitas cenas narrando a história, sejam elas animadas ou apenas conversações dentro do mapa. É bom ver que a maioria dos heróis continuam os mesmos e suas personalidades foram respeitadas. O mesmo infelizmente não pode ser dito sobre todos os vilões, alguns ficaram um pouco mais complacentes (como o Kuja e o Sephiroth) enquanto outros só mostram sua verdadeira face no Duodecim. Uma mudança bem-vinda é que finalmente deram personalidades para os personagens de Final Fantasy I e que pela primeira vez os objetivos da Ultimecia (FFVIII) foram colocados explicitamente, e não apenas por nuances.
Uma parte muito bem-vinda é que vários personagens puderam finalmente resolver certos assuntos que ficaram "pendentes" em seu jogo, como a relação entre Tidus e Jecht. Outra coisa que aumenta o fator de aprovação dos fãs é a parte em que os heróis se conhecem e interagem entre si.
No começo eles formam grupos separados, como Bartz, Zidane e Squall; ou ainda Cecil, Tidus e Firion. De todos eles, apenas o Warrior of Light anda sozinho (o que é uma ironia). No final, todos eles estão juntos e participam das cenas. Em Duodecim, Laguna rouba a cena com seu bom-humor e seu senso de direção. Alguns dos personagens secretos como Prische e Gilgamesh são um pouco mal aproveitados, mas eles também tem ótimas cenas.
Apesar de tudo isto a história acaba sendo um pouco confusa pela maneira que eles amarram, mas para os padrões de Final Fantasy é bem simples. Talvez até um pouco simples demais, mas nada que vá incomodar.
O jogo
No Dissidia o jogo consiste no modo de mapa e de batalha. O mapa é como se fosse um tabuleiro com cada batalha representada por uma peça e vários bonus espalhados. O personagem movimenta uma casa em qualquer direção por vez e só entra em batalha quando toca uma peça inimiga ou pega algum item e tiver do lado de algum inimigo.
Quanto menos movimentos, melhores são os bonus ao terminar o tabuleiro. Ao vencer as lutas o contador de passos volta um pouco e se vencer sob certas condições há ainda mais bonus. O jogador pode contar ainda com certas habilidades como cura ou atacar todas as peças ao redor para ajudar a acabar com o mapa mais rapidamente.
As lutas são em arenas 3D com movimento livre. Apertando o botão triangulo o personagem pode interagir com o cenário das mais variadas maneiras, como deslizar para um ponto completamente diferente do lugar.
Existem dois valores: o HP e o Bravery (BRV). Existem dois tipos de ataque: os que causam dano na energia e os de Bravery; ganha primeiro quem acabar com o HP do adversário mas causar danos no BRV também é importante.
O BRV funciona ao mesmo tempo como uma defesa e ataques auxiliares e como MP: quanto mais BRV, maior será o seu poder de ataque e de defesa, mas se chegar ao zero o personagem estará completamente explosto a qualquer ataque de HP do adversário com dano crítico. Não só isto, mas quando um personagem causa dano em alguém com Bravery Break (zero ou BRV negativo) ainda ganha um adicional que é a parte acumulada pelo cenário.
Durante a luta, os personagens vão enchendo o EX Gauge, que funciona como um "Limit Break". Para encher a barra, basta absorver os pequenos fragmentos que soltam durante o combate ou pegar o power up que aparece aleatoriamente durante a luta. Uma vez a barra cheia, o jogador pode ativá-la com um comando e além do visual do personagem mudar eles começam a regenerar energia, dar mais dano e podem usar um ataque especial que o sucesso e o dano podem variar se os comandos forem usados corretamente, fazendo um belo estrago tanto no HP quanto no BRV. No Duodecim o dano foi diminuído, o que deixou a luta um pouco mais equilibrada.
Uma das novidades de Duodecim é poder usar esta barra para realizar um EX Revenge, um contra-ataque em que gasta toda a barra de EX cheia e diminui a velocidade do inimigo por seis segundos.
O sistema parece confuso tentando colocar em palavras, mas uma vez que o jogador aprende, não é algo tão difícil de se acostumar.
Ainda existem bonus de acordo com o equipamento equipado, tanto para alterar os status quanto para os prêmios de batalha. O jogador também pode modificar os golpes conforme o gosto. Todos os ataques são realizados usando quadrado ou circulo e o direcional em alguma direção especifica, então cada um tem a configuração que acha mais agradável e uns personagens podem ser mais ou menos acessíveis que outros.
Duodecim ainda incluiu um world map com exploração livre (ou quase) e os mapas de tabuleiro viraram dungeons que bloqueiam o caminho. Ao derrotar o chefe do ultimo andar, o selo que impede o progresso é rompido e o jogador pode continuar. As histórias dos personagens de Dissidia foram adaptadas para se passar no mapa também e os aliados (se tiver) na história podem aparecer no tabuleiro para um combate VS (que dá bonus) e em alguns casos eles também andam pelo mapa. Também é possível encontrar moogles e comprar itens raros com eles usando Kupo Points. No mapa também há inimigos rondando, os manikins, cristalizações sem vontade própria que são como se fossem fragmentos dos personagens presos naquele mundo. Eles já existiam no Dissidia, mas em Duodecim ganharam um destaque um pouco maior no modo história.
Outra novidade do Duodecim é o modo de tag, poder chamar um aliado para ajudar com um ataque de BRV (ou em alguns casos raros de HP) e facilitar em combos.
Depois de certo ponto os cenários também passam a ter armadilhas e isto pode ser um problema, especialmente naqueles fechados que a câmera não ajuda muito. Aliás, como em qualquer jogo com câmera livre há muitos problemas em lugares apertados.
O jogo não é perfeito, algumas histórias continuam mais difíceis que outras e nem todos os personagens são tão eficientes quanto deveriam ser. Claro que em Duodecim consertaram certas coisas e ajustaram outras, mas ainda existem alguns pontos que deveriam ter sido melhorados.
Gráfico
Em um jogo da Square, não há como ter gráficos ruins. A maioria dos cenários são amplos e detalhados, com pelo menos um por jogo e uma versão omega (com armadilhas), totalizando 12 cenários e mais 7 novos em Duodecim.
Cada um dos 22 personagens em Dissidia tem duas roupas diferentes além de visuais novos no modo EX como já mencionado. Em Duodecim, os 30 personagens tem 4 roupas cada, além de DLCs.
Os personagens dos games antigos receberam belos modelos, alguns seguindo o design original de Yoshitaka Amano para seus respetivos jogos, como Firion, Terra e Cecil, enquanto outros foram baseados mais nos sprites como Bartz e o Onion Knight. Já os personagens mais recentes não sofreram grandes alterações ao serem adaptados, exceto o numero de polígonos.
Os cenários também foram muito bem modelados, e além de poder interagir em pontos de ação, também dá para destruir alguns dos elementos. Alguns dos cenários tem mais de uma área para lutar e outros sofrem transformações completas durante o modo Omega.
Além dos extras e de HUD levemente diferente, o Duodecim conta com videos e cores um pouco mais escuros. Outra diferença é que os tabuleiros não variam mais de acordo com o personagem. Em Dissidia cada personagem tinha seu mapa com um tema de acordo com seu jogo, mas agora são apenas genéricos. Esta foi a única "perda" notável, mas não é algo que interfira no jogo.
Som
A música são remixes de todos os Final Fantasy com algumas peças novas. São pelo menos 4 músicas para cada jogo e mais algumas extras, com o repertório aumentado ainda mais em Duodecim. Várias das músicas mais novas continuam as mesmas como o tema de batalha de Final Fantasy IX e a obrigatória One Winged Angel; outras receberam alguns arranjos novos como a Don't Be Afraid. E é claro que as músicas mais antigas receberam versões completamente novas.
Tanto em Dissidia quanto em Duodecim há músicas cantadas contra o último chefe. No primeiro jogo ela foi composta pela banda canadense "Your Favorite Enemies" que também fez a música-tema da Cosmos. Em Duodecim, há uma música com vocais em latim para o trecho do mapa próximo do final e uma nova para o final. Embora as músicas sejam bem adequadas, elas são um pouco diferente do tradicional da série.
Quase todos os personagens tiveram seus dubladores antigos de volta. Cloud, Sephiroth e Tifa continuam com as mesmas vozes que em Advent Children e isto não mudou, Squall continua com sua voz de Kingdom Hearts 2, os dubladores de Cecil, Kain, Jecht, Tidus e Vaan retornam como esperado. Apenas Golbez e Gabranth tiveram novos dubladores.
As novas vozes são dubladores experientes, sejam em jogos, TVs ou teatro. Não há nada fora do lugar e todas as linhas são maravilhosas. Os desenvolvedores disseram em entrevista que há duas vezes mais diálogos do que em Crisis Core, o que não é difícil de se acreditar.
Dissidia ou Dissidia Duodecim?
Não há dúvida: com os personagens extras, sistemas melhorados e história maior, com certeza Duodecim é a melhor escolha para aqueles que não jogaram.
Conclusão
Dissidia Duodecim é um jogo divertido? Isto depende muito de quem está jogando. Para os fãs de Final Fantasy, é um prato cheio, para os outros pode ser um jogo de luta esquisito que pode ou não agradar. Com certeza é um jogo muito viciante, com qualidade inquestionável mas é daqueles que ou o jogador ama ou odeia, não há meio termo.
A enorme quantidade de extras, o modo VS (seja por friend card ou ao vivo), melhorar os niveis dos personagens e coletar os equipamentos podem garantir uma diversão por muito tempo.
2 Comentários
Cara eu tenho esse jogo e ele é o melhor jogo que eu tenho, e olha que eu tenho uns jogo muito mas muito legais mesmo (Crisis core kingdom hearts birth by sleep Ys seven Bakugan defenders core) parabens pelo post e voce poderia fazer um post sobre Ys Sven por favor?
ResponderExcluirGostei muito do seu post tirou a dúvida em qual baixar.
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