Hora de falar da sequência do meu
review anterior. Continuando a saga Battle Network
A história
Depois dos eventos com a
WWW a vida de Lan e Mega não mudou muito. O pai continua trabalhando demais, a mãe cuidando da casa, Lan não fazendo o dever de casa e chegando atrasado-- bom, desta vez ele não chegou atrasado: é o primeiro dia de férias.
Durante as férias escolares uma outra organização chamada "Gospel" que se intitula uma netmafia e está causando ataques terroristas ainda mais violentos que a WWW, e de novo Lan e MegaMan se metem no meio.
Desta vez até mesmo Lan tem um pouco mais de ação além de ajudar o MegaMan, com algumas missões no mundo real mais longas do que no jogo anterior e certos "perigos" também (entre aspas por que são parte do script e não há um perigo real)
Há pouquíssimos spoilers do jogo anterior, são mais visíveis perto do final do jogo (no último "dia") e quem não jogou vai ficar se perguntando sobre é o que tudo se trata. Mesmo assim são pouco aproveitados e usado quase que gratuitamente só para deixar a pessoa curiosa e dar um pouco mais de momento dramático.
Uma parte legal é que se deram ao trabalho de desenvolver certos aspectos da relação entre Lan e MegaMan, a parte da viagem ao exterior foi bem pensada em termos de reações humanas. Mayl também tem seus momentos, mas estamos falando de crianças de 11 anos.
O jogo
Algumas poucas coisas mudaram, e o que mudou faz a diferença. Para começar o HP de MegaMan não se recupera automaticamente a cada batalha, para recuperar a energia ele tem que usar sub-chips que ele pode carregar um numero limitado com funções diferentes. Existem os que curam energia, os que destrancam dados encriptdados no mapa e até que evitam batalhas aleatórias.
Outra mudança importante é que agora há limitações de memória. Não basta simplesmente jogar os chips mais poderosos, mas MegaMan tem que ter memória RAM o suficiente para poder processar. Não é nada demais, apenas um método para deixar o jogo um pouco mais estratégico e evitar apelações. Assim como as melhorias de HP, pode comprar ou achar as melhorias de memória pelo mapa.
Também há campos elementais que afetam na batalha. Por exemplo, se o campo está coberto de gelo, ele vai ficar escorregadio. Se há grama, inimigos estilo plantas irão recuperar energia durante o passar do turno.
O sistema de "ADD" também mudou. Antes era passar um turno sem selecionar chips para poder escolher entre outros 5 que eram adicionados. Agora, Lan deve descartar chips para um numero igual de chips extras aparecer no turno seguinte, e esta mudança continua em MMBN3.
Outra novidade é que depois de um certo ponto do jogo o Dr Hikari instala uma atualização em MegaMan, permitindo que ele use "styles". Estes estilos mudam a cor do Mega e dão bônus (e fraquezas) baseado em como que ele costuma lutar e há um secreto com os benefícios de todos os anteriores.
Em termos de mapa, agora a internet tem vários centros, "squares" (praças) centrais sem vírus onde se pode falar com outros navis, comprar coisas e ler os quadros de mensagens. Cada sessão da internet tem seu próprio centro com lojas e eventos diferentes.
Enquanto isto é bom, os mapas continuam irritantes e na penúltima parte isto chega a ser frustante pelo tanto que MegaMan tem que vagar para poder avançar na história.
Algumas redes especificas de chefes são bem divertidas (como a do MagnetMan) e outras são bem interessantes (adorei o Mother Computer) que dão um pouco mais de variedade. Também há missões extras que Lan e Mega podem fazer que dão ótimos prêmios.
Gráficos
Como era de se esperar, há mais inimigos, mais chips e mais efeitos. Algumas partes foram removidas (como a escola), e outras acrescentadas mas há muitos lugares para se explorar com mapas bem grandes e com muitos detalhes. Os lugares são bem variados, como uma área de acampamento, um castelo e avião e todos com detalhes.
A internet é mais agradável de se navegar e olhar, mas depois de um tempo fica cansativo. Há vários elementos no mundo virtual como rampas de cores diferentes, arvores e fundos diferentes para certos eletrônicos, mas que no fundo são a mesma coisa sempre.
Som
Continua a mesma coisa. Sem vozes, efeitos sonoros, tudo se encaixa.
Musicas agradáveis, algumas são temas especificas para certos ambientes ou ocasiões, bom uso dos sintetizadores... Sem grandes novidades aqui. Aliás sem novidade nenhuma mas isto não é ruim.
Conclusão
O segundo jogo conseguiu manter o nível e o clima, com boas melhorias que não precisam de muito para se acostumar. Os personagens existentes foram bem-usados, as referencias aos jogos anteriores são bem apropriadas e o jogo se desenrola bem.
Apenas há ainda alguns problemas da internet ser excessivamente longa e complicada, além de algumas missões de buscar que não se faz a menor ideia do que fazer ou onde ir, mas isto é só perto do final do jogo. É um bom título que proporciona bons momentos de diversão se tiver paciência de ficar zanzando (ou tiver mapas)
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