Review : Strider 2 (PS1)



Graças a Marvel vs Capcom alguns jogos pouco conhecidos ou até mesmo esquecidos ganharam uma nova chance. Graças a emulação finalmente começaram a conhecer mais sobre Cyberbot ou ainda desenterrar alguns antigos favoritos como Captain Commando. Uma franquia que acabou ganhando um jogo novo é Strider.
Em Strider o jogador controla Strider Hiryu em alta velocidade, cortando legiões de inimigos mais rápido do que eles tem tempo de reagir, saltando por cenários belos e coloridos. Depois de várias pseudo-sequencias Strider finalmente volta para o Playstation 1.

A História
Em um futuro distante uma pequena nação europeia chamada Kafazu é destruida por um exercito misterioso que logo acaba dominando toda a Europa e se expande rapidamente por todos os continentes levando morte e destruição. O líder deste exercito é o misterioso Grandmaster Meio.
Há um grupo chamado Striders, que fazem resistência a este ditador. Quando tudo parece perdido eles resolvem mandar Hiryu, o mais novo a alcançar o maior rank da associação para derrotar meio. Atravessando os territórios controlados como Kafazu, naves de batalha e até mesmo a Amazonia, Hiryu eventualmente consegue atravessar as defesas e derrotar Meio, retornando para as sombras após um serviço bem-cumprido.
Mas isso foi há dois milênios atrás. Mesmo assim, um misterioso Strider aparece para se opor ao Grand Master e sua organização, que efetivamente estão dominando o mundo.



Esta é a história para quem não sabe. Não que seja muito profunda, mas há vários diálogos e cenas entre as fases, com belas ilustrações para narrar o que está acontecendo.
Assim como no jogo anterior, Hiryu deverá passar por cinco fases bem variadas e cheias de ação até chegar na Third Moon e por um fim nos planos de Meio. Simples assim, sem enrolação.



O Jogo

Hiryu não é apenas ágil, ele é extremamente veloz. Com a sua fiel cipher chamada Falchion, se move como um raio, com ataques precisos e graciosos. A ação não para um instante, com dois toques no direcional Hiryu corre e pode alcançar distancias ainda maiores com seu pulo duplo. Ele também pode escalar paredes e andar no teto, dar uma rasteira que além de ser ótima para se esquivar pode acabar com vários inimigos e também conta com um botão de especial que energiza a cipher, soltando rajadas de energia.



Há sempre uma legião de inimigos prontos para desafiar Hiryu e um batalhão de sub-chefes espalhados pela fase e são extremamente variados: desde cavaleiro em seu cavalo, passando por mastodontes re-animados, krakens e equipamentos de gravidade artificial.



Algumas fases são bem comuns a primeira vista, mas logo tudo muda de figura: batalhe em cima de carros voadores, fuja da avalanche causada pelo chefe que você destruiu, cuidado quando a gravidade reverter... Este jogo requer bons reflexos e é bem comum morrer. Felizmente o jogo dá vidas infinitas mas isto é descontado no placar.



O único defeito é que este jogo é curto. Cinco fases, em apenas algumas poucas horas é possível acabar o jogo. Quatro fases estão disponíveis desde o começo e pode escolher a ordem e assim que a quarta fase for completada a última finalmente é destravada.
Existe uma fase secreta extra caso o jogador tenha um save zerado do Strider 1 no mesmo memory card, onde é possível usar um dos antagonistas do jogo.

Gráfico

Como sempre, a Capcom fez maravilhosos sprites extremamente fluídos. Hiryu agora tem o cachecol que nem em Marvel vs Capcom, e ele se move de acordo com a ação do personagem e com o vento.
Há uma boa variedade de inimigos, que mudam conforme as fases. Terroristas, pinguins suicidas, armaduras e vários outros, alguns até mesmo mudam de aparência se estão em clima polar, por exemplo.



Os chefes são bem variados também. Vão desde chefes gigantes a até tamanho comum, tanto em sprites quanto em modelos 3D e todos tem uma certa harmonia que não há grande destaque.



Os cenários são inteiramente em 3D. Em 1998 os jogos com modelos estavam apenas começando e a Capcom deu um jeito de fazer os fundos detalhados e com boas texturas sem dar muitos slow-downs. É algo respeitável de se ver.



Som

As músicas são estilo Capcom de ser. Não há muito o que falar além de que houve um cuidado na trilha sonora. As músicas se encaixam bem nas fases e nos momentos certos. O tema clássico do Hiryu pode ser ouvido na tela de placar ao terminar a fase.



Os sons são cristalinos e bem-definidos, é possível reconhecer a voz do Hiryu do Marvel vs Capcom sem dificuldades. Na versão japonesa há uma voz narrando o objetivo da missão e há várias vozes nas cenas de diálogos. Há um certo nível nestas vozes, mas elas foram removidas da versão americana por alguma razão.



Star Wars?

O Grand Master Meio sempre foi um pouco similar ao Imperador Palpatine de Star Wars, mas no Episode III os papeis se inverteram.
Durante a luta do Imperador o cenário onde ocorre, a aparência dele e a maneira que ele luta é uma cópia bem próxima da penúltima luta em Strider 2. É impossível não comparar.



Veredito

Jogos de plataforma sempre foram o forte da Capcom. Com um protagonista marcante, ótimos chefes, fases interessantes e uma mecânica que responde perfeitamente, Strider 2 só peca por ser curto demais. Talvez um pouco fácil demais se comparar com o original, mas só pelo fato de ter vidas infinitas.
É um excelente título de Playstation para se ter na coleção.


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1 Comentários

  1. Caramba eu tinha este game! A ação era interrupta perfeito demais!...Apesar de ser muito fácil de se terminar era quase impossivel enjoar e acabava sempre jogando de novo só pra desestressar hahaha XD

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