Review - Castlevania (Pirata-Chines) - Celular

É um jogo pirata chinês. Eu não diria "Homebrew" já que é comercializado na China, tem um desenvolvedor e uma empresa para publicar, então é como se fosse um jogo completo.



Não faço ideia do que a história se trata, já que não leio mandarim, mas dá para supor várias coisas. O personagem principal (provavelmente um Belmont, ele usa um chicote e o cabelo é um pouco similar ao Leon do Lament of Innocence) e uma mulher. Eles conversam, ela dá alguns tutoriais e logo o herói vê Death, provavelmente ameaçando-o. Em um ponto do jogo, a mulher também confronta Death, mas antes que o protagonista possa fazer qualquer coisa ela é sequestrada. O segundo chefe também fala alguma coisa, assim como o próprio Dracula.



É um jogo bonito. A maioria dos gráficos são edições do Dracula X, mas são boas. Há elementos de Super Castlevania IV, Dracula X, Vampire Kiss e Symphony of the Night além de outros jogos posteriores, alguns bem editados. O personagem principal tem vários quadros e ações, embora não seja nada único. Os portraits dos personagens e o primeiro chefe, Balore, parecem ser únicos e não lembro de ter visto nada parecido com a sala de save.
Os cenários são detalhados, mas eles ficam sem tanta variedade depois de um tempo. O mapa (acessado apertando 1) é enorme, mesmo se comparado com as versões de GBA.



Os controles são comuns, nada de extraordinário. Os direcionais movem e a tecla 5 é o ataque. Logo no começo do jogo é possível pegar a primeira sub-weapon: o watchclock. É usado para alguns quebra-cabeças, nominalmente evitar estacas. O # ativa a sub-weapon e com o * seleciona outra arma. Há quatro delas, e algumas tem usos bem específicos: Watch Clock, Axe, Holy Water e Cross. Também se aprende o pulo duplo, rasteira e atualizações do chicote.



A jogabilidade é bem um metroid-vania comum: aprenda uma nova habilidade para poder acessar uma nova área, level up, bata no chefe. São apenas cinco chefes e alguns deles são bem tradicionais. E sim, Dracula tem duas formas.



Também é possível comprar itens com o menu de pausa, mas está em chinês. Alguma coisa dá para entender como +HP, +MP, +Def e +Attack, mas não mais que isso. Os itens encontrados pelo mapa tem uma descrição em inglês, assim como o menu principal e algumas coisas nos tutoriais, mas a letra é pequena e difícil de ler.



O jogo não é perfeito, há pequenas coisas irritantes. Alguns chefes são fáceis demais e tem muito HP. Eles também não tem um indicador de energia, o que não ajuda. Há um tipo de inimigo (um esqueleto com espada e escudo) que só dá para derrotar usando holy water, que usa muitos hearts. A Clock Tower continua irritante como sempre: plataformas que se movem, medusa heads surgindo do nada que te acertam e arremessam longe. Também dá para comprar HP extra, então o personagem pode aguentar. Outro ponto irritante são as plataformas que tem que passar por círculos de fogo. O frame rate é um pouco alto, então é meio difícil fazer o pulo perfeito sem recorrer ao Watch Clock. Não seria tão ruim se o save point logo antes de enfrentar Death não tivesse um destes.



Quando o personagem morre dá para continuar de onde parou (sem ter que re-começar a luta contra um chefe, por exemplo), mas perde 10% da experiencia (eu acho que é a experiencia), mas é útil.
A música não é nada de especial, mas não chega a ser irritante, é uma destas que não marca.



Uma das coisas que eu não entendi neste jogo é que a imagem de portrait do personagem principal vai mudando conforme dá level up. Talvez seja parte da história, o personagem parece ficar mais... "do mal"?
É um jogo divertido, desafiador em alguns pontos. Em uma próxima vez que for fazer um jogo para celulares a Konami deveria dar uma olhada neste antes de começar.

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