Review - Final Fantasy Crystal Chronicles : Echoes of Time - DS


O segundo jogo para DS e o segundo na cronologia, Echoes of Time tem uma caracterĂ­stica Ășnica: com sua Pollux Engine permite que jogadores multi-plataforma participem da mesma partida. Este jogo foi lançado para DS e Wii, sendo que a versĂŁo do Wii Ă© apenas uma conversĂŁo do jogo de DS.

A histĂłria
Aqui o jogador cria seu personagem de qualquer uma das quatro raças e depois prossegue por uma histĂłria linear. O protagonista vive em uma aldeia isolada no meio da floresta, criado por uma clavat chamada Sherlotta. Tudo ia bem atĂ© o aniversĂĄrio do herĂłi e a cerimonia de maturidade, apĂłs um teste (que envolve matar um chefe), Sherlotta dĂĄ de presente um cristal similar ao que eles tem na floresta. NĂŁo muito depois, uma criança fica doente e o jogador tem uma permissĂŁo especial para deixar o vilarejo para procurar a cura. Na cidade mais prĂłxima indicam o velho bibliotecĂĄrio, Larkeicus, que pode saber de alguma coisa Ăștil.


Não é uma história complexa como a do antecessor, mas explica algumas coisas como a queda das civilizaçÔes antigas e uma crise envolvendo os cristais, sendo importante mais para o contexto geral da série do que para o jogo em si. Hå vårias reviravoltas, e uma delas é especialmente dramåtica, a ponto de ser chocante e perturbadora, que då ainda mais razão para o protagonista deter os planos do vilão do jogo - que por sinal uma grande ironia o aguarda.
O jogador pode fazer a história sozinho, contando com personagens para segui-lo e trocar no momento que achar melhor como no Ring of Fates mas com um diferencial: além dos personagens extras recrutåveis com condiçÔes especiais, é possível criar mais personagens através da guilda e adiciona-los quando quiser. Além disto, a história se desenrola normalmente no modo multiplayer, com os acontecimentos referentes ao jogo de quem estå hospedando no momento enquanto os convidados não podem ver os acontecimentos do enredo (e assim sem terem a surpresa estragada).


O protagonista Ă© mudo, mas os personagens nĂŁo-jogadores respondem ele de qualquer modo. Em certas partes do jogo, Sherlotta acompanha o grupo como nĂŁo-membro e com isto hĂĄ um pouco mais de dialogo e histĂłria no decorrer da aventura.
Hå um elenco bem limitado desta vez, com pelo menos quatro personagens realmente relevantes para a história e um deles o jogador descobre um pouco mais da história conversando com as pessoas na cidade e apenas isto. Hå algumas side-quests, mas em geral são missÔes simples como matar um numero x de inimigos ou fazer uma coisa especifica para pegar um personagem extra, então o jogo é razoavelmente curto.

O Jogo

Se trata de uma versĂŁo melhorada da mesma engine de Ring of Fates, mas com certas mudanças que foram bem Ășteis.
Para começar agora todas as raças podem equipar dois tipos diferentes de armas e foram modificados para serem mais equilibrados.
- Clavats : a raça mais numerosa do mundo de Crystal Chronicles e bem similares os humanos. Voltaram a ser a raça mais equilibrada, excelente para qualquer tipo de jogador. Podem usar espadas e machados.
- Selkies : similares aos clavats sĂł que mais ageis e mais frĂĄgeis fisicamente, sĂŁo capazes de dar pulo duplo. Neste jogo eles podem equipar paddles, que sĂŁo similares aos rackets do Crystal Chronicles original, e os arcos do Ring of Fates.
- Lilties : eles voltaram a serem os mini-tanques, sendo excelentes em combate corpo-a-corpo e péssimos em magia. Podem equipar lanças e martelos.
- Yukes : a misteriosa classe dos magos estå de volta, sem grandes mudanças em termos de status mas podem usar magias como Ultima e Meteorga sozinhos. Eles também podem equipar uma grande quantidade de armas, como livros, sinos, vassouras e cajados.


Uma das maiores mudanças é que agora o uso de magia não consome magicite, mas sim apenas o MP. Agora dificilmente o jogador pode correr o risco de ficar sem magia na metade do caminho.
Agora o jogador pode fazer quantos personagens quiser, mas levar apenas 4 por vez e trocar quantas vezes quiser. Muitas vezes os jogadores preferem fazer um selkie por causa do pulo duplo, o que facilita muito as resoluçÔes dos quebra-cabeças. As vezes os personagens controlados pela inteligencia artificial teimam em ficar no meio do caminho, mas nada que empurra-los ou arremessa-los para longe não resolva.
No modo multiplayer Ă© apenas um personagem por jogador, e todos tem que estar prĂłximos para mudarem de tela entĂŁo todos os desafios devem ser resolvidos de maneira apropriada.
Por falar em quebra-cabeças, estão mais fåceis que no Ring of Fates. Não é que estejam simples, mas apenas fizeram um balanceamento e um planejamento melhor. Alguns são bem mais råpidos de se resolver, enquanto outros ainda requerem um planejamento cuidadoso mas não são tão imperdoåveis assim.



GrĂĄfico

Neste jogo hå duas cidades. Uma é onde o protagonista mora e não tem nada além dos personagens não-jogadores para conversar e enredo, e a outra é uma cidade propriamente dita com lojas e personagens para interagir. Mais uma vez os lugares não fogem muito da norma de qualquer RPG, mas são bem-feitos e com um planejamento cuidadoso.
E o que era bom no jogo anterior estå ainda melhor: mais equipamentos para customizar o seu personagem. Existem vårias participaçÔes especiais na forma de armadura, por exemplo com o equipamento Mystic Beast uma selkie feminina pode se vestir de Shiva, o masculino de Ifrit e um clavat masculino assume a aparencia do Odin. Um equipamento exclusivo para clavat masculino faz ele aparecer como Layle de Crystal Bearers entre outros. Também hå roupas de ninja, pirata, samurai, maid, paladinos e uma grande variedade de roupas diferentes, e mais uma vez todas mudam de acordo com a raça e o genero de quem estiver usando.


Há alguns inimigos novos, outros estão de volta. É possivel enfrentar todos os chefes de Ring of Fates em um boss rush. Os chefes novos são criativos, mas não apresentam nada de especial ou marcante.

Som

A trilha foi composta exclusivamente para este jogo e segue o mesmo padrĂŁo dos anteriores mas Ă© o Ășnico sem um tema cantado. HĂĄ vĂĄrias peças inspiradas em musica celtica e outras que contĂ©m instrumentos mais recentes e variados, como oboĂ©s, violĂŁo e atĂ© mesmo marimbas.
HĂĄ poucos personagens com vozes neste jogo, e os trechos com falas sĂŁo muito raros. Provavelmente por causa da grande customização dos personagens, ou talvez pela quantidade enorme de itens novos. A mĂșsica faz a parte dela, mas poderia ter mais trechos falados.


ConclusĂŁo

Com uma histĂłria mais fraca que o anterior, Echoes of Time Ă© um bom jogo multiplayer. Sempre hĂĄ alguma coisa nova a coletar, bons desafios e momentos legais com os amigos. O sistema Ă© sĂłlido e mais maduro que os dos outros jogos. Mas como experiencia para um sĂł jogador Ă© completamente dispensĂĄvel.

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