Review - Castlevania : Harmony of Despair (PS3/360)


Quando uma franquia tem muitos títulos, não é difícil encontrar jogos de produção mais barata ou que não caíram no gosto do público. Se fosse brincar de associação de palavras, a primeira coisa que me vem a cabeça ao pensar em Castlevania Harmony of Despair é 'cretino'


Imagine um jogo que reuna todos os personagens dos "metroidvanias". Parece o sonho para qualquer um e este jogo seria um excelente fangame: com elementos do Rondo of Blood, Symphony of the Night e os três Castlevanias do DS, com os monstros, personagens e cenários para se jogar em multiplayer.



A história de fundo, que não aparece em nenhum momento no jogo a menos que o jogador resolva ler os arquivos de ajuda, diz que há um livro amaldiçoado, um grimório, em que a história do Castlevania é escrita. Porém alguma coisa deu errado e o castelo ganhou vida dentro do livro e os heróis tem que deter. O enredo é inexistente, simplesmente "vá e mate.", simples e direto.  A única coisa mais 'próxima' de uma história é ao entrar na câmara do Dracula com um dos jogadores usando o Alucard quando há um clipe de voz especial e pode ser considerado muito.


Os mapas são gigantescos, amalgamas de vários cenários existentes sem nenhum conteúdo novo. O jogador começa em um canto e precisa chegar até o chefe, que são todos de Castlevanias anteriores, estudando e achando a rota mais rápida e ativando todo e qualquer switch necessário para alcançar o destino. No caminho, o jogador verá inimigos conhecidos em cenários familiares, conseguirá alguns drops e depois vai enfrentar o chefe da fase com exatamente os mesmos pontos fracos de antes.


Existem 7 personagens iniciais na versão do Playstation 3 ( e 5 na versão 360) além de mais 4 por DLC (6 no 360). Embora adaptados eles mantiveram muitas de suas características originais: Soma tem suas almas, Charlotte pode aprender as magias dos monstros, Shanoa tem os glyphs e cada um dos Belmonts tem suas próprias técnicas. Como se trata de um jogo multiplayer, não há níveis : os status dos personagens são modificados com o equipamento que se consegue nas fases, além de suas habilidades exclusivas serem melhoradas conforme o uso. Isto significa que quanto mais o jogador avançar, melhores são os equipamentos e melhores ficam os personagens. Mas muitos dos melhores itens são exclusivos para as fases mais dificeis, que por um acaso são DLC.



O jogo é praticamente impossível de se jogar sozinho, e ele nem foi feito para isto: com 4 jogadores locais e até 6 online, Harmony of Despair foi criado apenas para múltiplos jogadores. A dificuldade é muito elevada até mesmo no modo mais fácil e até conseguir um bom equipamento para sobreviver as fases mais dificeis e conhecer o caminho mais eficiente são muitas tentativas, por isto é bom ter um jogador mais experiente ajudando.



Este jogo seria ótimo se fosse um fangame, mas infelizmente ele é oficial da Konami. Tirando os artworks de seleção dos personagens e a tela de título, nada é novo. Até mesmo duas das fases e personagens de DLC -aliás, todos os DLC são pagos - são do NES. O teor nostalgia pode ser legal, mas não há sequer um inimigo, chefe ou personagem novo. Dificil dizer que até mesmo as músicas são todas remixes novos: muitas delas também apareceram na série Pachislot Akumajo Dracula (exclusivo no Japão).



Enfim, o jogo é simplesmente uma grande reciclagem de material sem absolutamente nenhuma novidade. Pode até ser legal jogar com os amigos, ou ainda ter seus personagens favoritos fazendo ataques especiais em conjunto, mas não é um jogo bom. É apenas mais um destes títulos que visam tirar o máximo de dinheiro dos fãs da série. Quem estiver esperando qualidade, irá se decepcionar.


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8 Comentários

  1. até que fim uma matéria por aqui...e PERAE. apenas 5 personagem no Xbox e no PS3 tem 7?

    MAS QUE ESBÓRNIA É ESSA? até a Konami quer dar uma de Capcom?

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    1. A versão do PS3 foi lançada um bom tempo depois da versão do 360. MAS! Já q quem tem 360 pode piratear e quem tem o PS3 complica, acho q os caixistas riem por último XD

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  2. Eu vi um vídeo desse jogo e achei ele super esquisitão...
    E eu fico me perguntando quanto tempo eles levaram pra desenvolver esse game?

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    1. Duvido que tenha demorado mais que alguns poucos meses e uma equipe pequena. Muito mal-desenvolvido, um potencial desperdiçado.

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  3. Oi , sou Gustavo, trabalho no EArena Games, site brasileiro voltado a cobrir tudo que acontece com referência ao mercado de jogos eletrônicos local.
    Estamos fazendo a segunda edição da série de entrevistas "Blogando o Brasil dos Games", que pretende revelar os principais nomes por trás dos blogs mais divertidos do país sobre o assunto.
    Estive visitando seu blog e acho que tem todo o potencial para fazer parte da série, mas não vi um endereço de contato via e-mail em lugar algum.
    Se importaria de me passar o mesmo para que conversemos?
    O meu email é gustavo@earenagames.com.br e do meu editor, Márcio, é marcio@earenagames.com.br.
    Esperamos o retorno através dos mesmos, por gentileza!
    Abraços e parabéns pelo conteúdo do blog!

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  4. Pra quem já jogou pdc sem graça
    Mas eu nunca joguei nenhum castlevania então tudo no jogo é novidade para mim, eu gostei pakas do jogo, não achei mais difícil que dark souls �� então blz. Ainda n joguei online e acho q a yoko é a melhor personagem para se jogar.

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  5. Achei seu review por acaso quando procurei mais informações sobre o jogo. Triste constatar que se trata de um amontoado de jogos já lançados, retalhados e costurados a fim de se obter algo novo.

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