Em 2004 para aproveitar o lançamento do filme, foi lançado um RPG de ação de X-Men chamado X-Men Legends. Disponível para PS2, GC e X-Box. Centrado na personagem Magma e não seguia nenhum universo especifico, apenas uma história bem comum de enfrentar o Brotherhood of Mutants liderados pelo Magneto. O jogo conseguiu superar o estigma de produtos licenciados, ainda mais de quadrinhos, e teve uma boa aceitação apesar de terríveis problemas de loading. No ano seguinte, usando uma versão levemente melhorada da engine lançaram o X-Men Legends II: Rise of the Apocalypse.
A história
Como o próprio nome já diz, é baseado na saga do Apocalipse. O jogo começa com uma aliança complicada entre os X-Men e o Brotherhood para salvarem o Professor X e a Polaris que foram capturados pelo mutante antigo. Após fugirem, o grupo vai para Genosha, que fora atacada pelas forças de Apocalipse. A onda de violência chega a lugares remotos como Savage Land e a áreas populadas como New York. Apesar das diferenças, os dois grupos rivais se veem obrigados a trabalhar juntos para salvar não só a humanidade,mas os mutantes também. A história não tem nenhuma novidade para quem já conhece um pouco das comics, mas escrita de maneira eficiente.
Embora alguns personagens estejam bem caracterizados, como o Iceman e a Storm, outros tem falas que soam estranhas (principalmente o Gambit). Uma coisa que fizeram bem foi escolher um bom numero de personagens razoavelmente obscuros e inseriram eles na história, é legal ver um pouco mais sobre os X-Men que normalmente não é abordado nos filmes ou nos desenhos. Existem também diálogos especificos quando certos membros estão no grupo, como Wolverine e o Magneto. Por outro lado, se alguns dos queridinhos tem falas extras, outros encontros que seriam importantes não tem a menor interação, como Colossus e seu irmão, Mikhail; ou ainda Cable e Stryfe.
Embora o jogo tenha sido feito de uma maneira que até mesmo quem não conheça muito de X-Men possa se divertir, algumas reviravoltas são literalmente telegrafadas, o próprio jogo dá dicas muito óbvias do que vai acontecer. Não que isto importe muito.
O jogo
Se trata de um action-RPG e é óbvio que o
Justice League Heroes se inspirou no X-Men Legends original.
O jogador escolhe um time de até quatro membros e começa com 15 personagens disponíveis após terminar o nível de introdução e mais alguns personagens destraváveis que variam de acordo com a versão. Em todas as versões há pelo menos mais três (Deadpool, Irom Man e o Professor X). De todas as versões a do PSP é a que contém mais extras (quatro), enquanto o PC tem dois, o N-Gage tem um e as versões do PS2 e X-Box não tem nada mas tem suporte para até quatro jogadores ao mesmo tempo.
No modo de um jogador basta um toque nos botões direcionais para mudar o personagem que está controlando, enquanto os outros podem ser configurados para ter um comportamento especifico no menu de status. Cada personagem tem seu próprio conjunto de poderes que são atualizados individualmente com os pontos de experiencia das batalhas. Por sinal esta caracterização é tão fiel que deixa os personagens desequilibrados entre si : alguns deles só vão ser usado uma única vez (de tão ruins), outros são capazes de varrer todos os inimigos do nível sozinhos e uns só vão ser chamados para o grupo para usar as habilidades para abrir caminhos que só reagem aos poderes deles.
O combate é mais complexo do que a uma primeira vista. Existem combos com ataques físicos e poderes com efeitos variados, além de serem mais ou menos efetivos para cada tipo de inimigo. A maioria dos ataques tem algum atributo ou status e existem inimigos com resistências e vulnerabilidades, além daqueles que só tomam dano com um combo especifico. Existem alguns bônus de time mas nem todos são interessantes, vale mais a pena usar um personagem especializado em buffs e equipamento especializado para ajudar nesta parte.
As lutas contra os chefes são bem interessantes, como contra o Abyss e o Mr Sinister. Algumas basta apenas enfrentar enquanto outras precisa pensar um pouco mais no que fazer.
Normalmente o jogo é bem linear, tirando alguns pequenos extras como os itens para destravar o Iron Man, poder escolher a ordem de algumas missões e a Danger Room (que tem que serem localizada durante as fases e em geral até achar o disco o jogador já aprendeu por conta) também há as comic books com fases curtas baseadas em edições clássicas dos X-Men. Não é muito para justificar um New Game +, mas com os amigos pode não ser uma má ideia.
O maior defeito do jogo, no entanto, são os loading demorados. Eles são demorados e tem até mesmo tela de "now loading" para acessar qualquer menu. Mas se isto não for o suficiente para irritar o jogador, a pancadaria pode ser bem divertida com a grande quantidade de inimigos vindo por todos os lados.
Gráfico
Embora os gráficos sejam bem definidos e dá para ver que são bem animados, na dela do PSP fica tudo muito pequeno e em geral bem escuro. Os cenários são grandes e maciços, com uma boa variedade entre si. Cada parte da história há pelo menos 3 localidades diferentes além da área central, cada uma com suas próprias características e inimigos únicos em sua maioria.
Todos os personagens jogáveis tem pelo menos quatro roupas disponíveis (que não dão nenhum bônus, por sinal). Os chefes também são bem modelados e é fácil reconhecê-los das comics, e os NPCs comuns também não são ruins.
Som
Há dubladores de primeira para as vozes dos personagens, como Patrick Stewart e John DiMaggio, mas dá para notar que a versão PSP sofreu graves cortes. A música por sua vez também é muito boa e combina bem com as situações e o clima geral do jogo, não há muito que comentar.
Conclusão
X-Men Legends 2: Rise of the Apocalypse é um jogo mediano, pode ter sido bom em 2005 mas a idade não fez muito bem. Ao menos a versão portátil tem o mérito de proporcionar tudo que as versões de console tem e ainda mais personagens extras. O problema do loading, presente no primeiro game, persiste em todas as versões. Para quem é fã dos X-Men, talvez valha a pena dar uma olhada, para quem não liga existem outros melhores.
0 Comentários