Review - Summon Night: Swordcraft Story (GBA)



A série Summon Night começou no Playstation como um T-RPG era restrita ao mercado japonês até que por algum motivo resolveram lançar spin-off para GBA nos EUA. Nesta sub-série, os turnos dão lugar a um sistema de ação bidimensional similar a Tales, mas com algumas características bem próprias.

A história

Tudo acontece na cidade de Wystern, conhecida como "Cidade das Espadas". Ela é famosa pelos seus Craftknights, que usam Guardian Beasts para criar armas de altíssima qualidade, muito superiores ao equipamento de qualquer forja normal. Toda a economia e politica se centraliza nestas armas, e os mestres desta arte ocupam posição de destaque. Há três anos, Shintetsu, o Craftlord do Ferro faleceu e um torneio para determinar o substituto é anunciado. O jogador pode escolher entre Cleru ou Pratty, filho (ou filha) do falecido Craftlord que quer honrar a memória do pai e assumir seu lugar.
Para tanto, Cleru/Pratty precisa de um Guardian Beast e o seu mestre arruma para que uma invocação seja feita. Após responder um questionário um entre quatro possibilidades atende ao chamado do jovem.



O jogo tem vários "rounds" que consistem do protagonista correr atrás de material para fazer suas armas, interagir com as pessoas e descobrir os motivos pelo qual Shintetsu morreu. A história não é nada além do esperado, mas as interações compensam.
Além de diálogos específicos para cada um dos sexos, pelo menos dois dos Guardian Beasts tem falas próprias: o oni arrogante chamado Rasho e a fada adorável Sugar. Os outros dois, o aviãozinho mecha Zantek e o fugitivo de Pokemon Kutty apenas o protagonista pode entender então é bem mais simples.
O jogo tem uma espécie de mini-simulador de encontros embutido, no final do dia o personagem pode escolher com quem vai conversar: com seu guardian beast, com um de seus rivais (e potencial romântico dependendo do sexo) e por aí vai. Não interfere em nada na história, mas com isto há um pouco mais de informação sobre o mundo, sobre os personagens e algumas outras curiosidades.


O Jogo

A mecânica do jogo é bastante variada: ele é basicamente um dungeon crawler no melhor estilo Shiren, Etrigan Odyssey e Chocobo Dungeon. Um oponente é designado, há uma cena introdutória e o jogador vai para a torre, que além de ficar o centro de todas as guildas de craftknights, os andares superiores levam as outras partes da cidade e o subsolo é a entrada para um labirinto com 50 andares (e mais 50 andares extras para o pós-game) onde o jogador pode lutar, coletar material para as armas e também o desenrolar da história. A exploração é bastante livre, os andares são pré-definidos e há vários caminhos e acessos diferentes. Existem outras cidades, acessíveis por navio, mas a maior parte do jogo se concentra na torre.
Depois de pegar os materiais básicos, o protagonista pode criar a primeira arma. Existem cinco categorias (sword, axe, spear, knuckle e drill) e cada um deles tem mais que 30 armas possíveis, cada uma com o próprio design e características. Algumas armas só são liberadas através de side-quests, derrotar os chefes de uma maneira especifica ou simplesmente pedir para o seu professor, Bron. Conseguir material para as armas ocorre naturalmente ao explorar o labirinto, seja para avançar na história ou só para melhorar o personagem.


O sistema de batalha é similar a série Tales, como já mencionado. Os comandos são bem simples: para correr, basta apertar duas vezes na direção desejada; para cima para saltar, A ataca e B realiza a ação mostrada na parte inferior da tela, e esta ação pode ser escolhida apertando R (pode ser bloqueio ou uma habilidade especial do seu Guardian) e L muda a arma. A barra verde mostra o estado da arma, quanto mais ela é usada maior é o desgaste. Para evitar que a arma se quebre (pode ser concertada, mas em geral envolve pegar materiais e desmontá-la para ver o que dá para aproveitar) basta mudar de arma, já que ela restaurada no final do combate automaticamente. As lutas contra os chefes do torneio também podem ser vencidas se a arma do adversário quebrar. A única arma que não se desgasta é o próprio martelo para fazer o equipamento.


O gráfico

Como era de se esperar, os personagens são coloridos e brilhantes, com ótimas animações e uma quantidade enorme de armas únicas. Os monstros, embora simples são bem efetivos no geral.


Estes personagens contrastam muito contra os cenários cinzentos e simples, chegam a ser bem repetitivos para falar a verdade. Se levar em consideração que o GBA é bem limitado, ainda mais hoje em dia é um jogo bonito. Mas o cenário podia ser menos repetitivo e um pouco mais vibrante.


Som

As músicas deste jogo são bem discretas, nenhuma das trilhas "desafia" a capacidade dos sintetizadores do sistema. Graças a isto, a música é bem mais definida e as composições são excelentes mas são poucas. Já os efeitos sonoros variam de bons a terríveis a ponto de mal dar para saber o que eram para representar.



Conclusão

Summon Night: Swordcraft Story é um bom RPG curto (umas 12 a 15 horas de duração). Não tem nada de mais ou que o destaque, mas as mecanicas um pouco diferentes podem ser bem atrativas. É um bom divertimento para o GBA.


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1 Comentários

  1. Me recordo de quando este jogo saiu, um amigo me disse que havia encontrado o jogo mais próximo de Tales of Phantasia que ele já jogou.
    Eu conferi o jogo e realmente tinha um sistema de batalha idêntico...joguei muito este e a sequência dele...ótimos games.
    Adorei o review! me fez voltar á época do GBA que eu tanto adorava...era um portátil campeão mesmo.

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