Depois do sucesso de Disgaea era de se esperar que a Nippon Ichi fizesse outros TRPGs. No ano seguinte ela lançou Phantom Brave e depois lançou Makai Kingdom no outro. Então finalmente lançaram Disgaea 2: Cursed Memories.
A história
Em um mundo chamado Veldime o Overlord Zenon lançou uma maldição que começou a transformar todos os seres humanos em demônios, roubando suas memórias. Adell é um jovem da cidade de Holt e é o último humano do mundo. Sua mãe resolve usar seus poderes de summoner para invocar Zenon para que Adell possa derrota-lo e assim todos pudessem voltar ao normal. O problema é que ao invés de invocar o próprio Overlord acabaram invocando a filha dele, Rozalin.
Rozalin é a típica princesa, protegida de tudo, e promete guiar Adell até o pai dela, já que estão ligados por um contrato. O problema é que ela não faz a menor ideia onde ele está e começa a guia-lo aleatoriamente por aí enquanto coletam novos membros para o grupo.
De novo o jogo é formado por um elenco peculiar, mas não muito desta vez: Adell é um clássico exemplo de fighter que prefere resolver nos punhos, é honrado e gosta de manter as promessas; Rozalin é uma filhinha de papai que nunca colocou os pés fora da mansão onde habitava e se considera uma lady; Tink é um sapo nojento com dupla personalidade; os irmãos caçulas de Adell são uma pestinha e um menino-vaca (e tanker) tímido. Depois uma aprendiz de ninja entra no grupo e a Etna de Disgaea força o grupo a aceita-la. Enfim, nada de espetacular mas são personagens divertidos ao seu modo.
Existem algumas reviravoltas no roteiro, é claro, e embora tenha umas que não chegam a ser grande surpresas outras são bem inesperadas, mas nada muito forçado. E de novo o jogo tem vários finais e alguns finais extras ao perder para certos chefes.
Na versão do PSP tem o hilário Axel Mode. Neste modo o jogador controla Axel, o equivalente ao Mid-Boss neste jogo, em acontecimentos de antes dos eventos de Disgaea 2. Axel se considera não apenas um grande ator e uma estrela, mas um Dark Hero que merece ser idolatrado pelas massas e está em busca de seu próprio programa de TV. O problema é que além de loser ele é completamente patético.
O jogo
Há algumas alterações na mecânica muito bem-vindas que deixam as coisas bem mais divertidas. Geo Panels estão de volta mas alguns deles agora tem bichos debaixo deles e podem andar entre as mudanças de turno, healers ganham experiência ao curar (uma novidade ótima) e os combos de torre. Isso mesmo, agora as torres não servem apenas para arremessar um grupo de personagens o mais longe possível, mas se tiver um inimigo ao alcance todos na torre participam do ataque.
A Dark Assembly está de volta e dá para deixar os senadores bêbados, dormirem ou dar presentes especiais além dos subornos.
Existe um sistema chamada Prinny Court, uma vez que um personagem alcança um certo marco (por exemplo, matar inimigos demais ou ter muita defesa) ele recebe uma intimação. Esta intimação pode ser usada no Item World e ao chegar no andar todos que passaram pelo gate recebem um ponto de Felony, uma espécie de 'antecedente criminal' e um dos finais do jogo é baseado no numero de felonies que Adell tem. Aliás, muitas coisas opcionais envolvem o Item World, até um pouco demais.
A versão de PSP tem novos ataques para várias armas, um novo nível de magia, classes novas e algumas funções de Disgaea 3, como personagens DLC, magichange e um sistema de arremesso melhorado. O Magichange é um recurso que permite transformar uma unidade de monstro em uma arma para um humanoide durante a batalha durante um numero limitado de turnos, mas com bonus de status e habilidades únicas. Ambas as unidades recebem bonus ao derrotar um inimigo, por sinal.
Gráficos
A versão do PS2 recebeu novas imagens de portraits bem maiores e mais coloridas que a original, fazendo bom uso da tecnologia disponível na época. Os sprites continuam pequenos mas detalhados, com novas classes e novos monstros.
A partir deste jogo todos os títulos da série tem uma abertura em anime cantada, e no caso também há umas cenas extras escondidas no título.
Som
A dublagem é novamente muito boa e foi ajudada por uma tradução muito competente. A única coisa digna de nota é que a partir deste jogo mudaram a voz americana da Etna, que não é tão relevante.
Há várias músicas novas que combinam bem com o clima do jogo e a canção de abertura Sinful Rose é viciante. Há remixes das músicas antigas, não é de se estranhar. A versão do PSP tem duas novas músicas cantadas, incluindo uma nova para o Axel.
Conclusão
Disgaea 2 é um título muito mais bem-acabado que o original, mas ainda sofre de experimentações e mudanças tímidas. Os personagens são bem divertidos e tem seu charme, mas a presença da Etna é absolutamente desnecessária e está presente apenas por fanservice.
É mais um destes jogos para quem gosta de animações exageradas, humor e que tenha tempo para passar horas no item World grindando e re-encarnando personagens.
1 Comentários
O que vc quis dizer com presença desnecessária da etna, ela é o único motivo por eu ainda não ter parado de jogar disgaea 2, o original é lendário, nenhuma presença do original nesse novo game é desnecessário
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