Reviews - Games 16-bits da Disney (Pinocchio, Jungle Book, Little Mermaid, Roar of the Beast, Aladdin, Lion King e Pocahontas)

Há algum tempo eu participei de um projeto de rippagem no The Spriters Resource focado em jogos de filmes da Disney nos consoles 16-bits (SNes e Genesis). Então eu decidi fazer uns mini-reviews, começando pela ordem cronologia dos filmes.

Pinocchio (SNES)
Este eu não rippei para o projeto mas tinha jogado antes. É um jogo muito bonito, os personagens jogáveis tem muitos quadros e os inimigos são bem-detalhados, além de cenários bons.Eu me surpreendi ao ver que há seguimentos em que se controla tanto o Pinocchio quanto o Grilo Falante. Como Pinocchio é um plataforma bem tradicional, com alguns mini-games bem inesperados como o jogo de dança. Com o Grilo são fases mais lentas, de exploração e derrotar os inimigos. É bom ver que botaram um pouco de cuidado para um desenho que nem era lançamento.



Fantasia (GEN)
Quando lançaram a animação, era para ser um "showcase", para mostrar toda a qualidade que os estúdios podiam oferecer em termos de animação e trilha, deixando mais a criatividade gráfica em evidencia do que qualquer outra coisa. Foi um fracasso na época, mas marcou com vários personagens, como o seguimento dos Hipopótamos Dançantes e o famoso Mickey Aprendiz de Feiticeiro. O jogo se baseia no Mickey aprendiz indo pelos mundos das músicas. Cada fase é uma adaptação fiel de cada um dos seguimentos, começando com o workshop do Yen Sid e suas vassouras mágicas e indo até o Inferno . Falando assim, parece ser legal mas não é. O jogo tem um design de fase muito mal-planejado, posicionamento ruim de inimigos e erros de programação. O jogador não tem muita escolha além de fugir dos inimigos já que qualquer toque significa levar um dano e as magias são limitadas. Houve um sério problema de planejamento do jogo, mas as fases são pelo menos muito variadas visualmente (e apenas isso)



The Jungle Book (GEN/SNES)
A melhor maneira de definir este jogo é comparar ao Pitfall: The Mayan Adventure. O personagem desengonçado mas muito bem animado corre pelas florestas lindas e detalhadas, enquanto pula em cipós, arremessa arma para derrotar os inimigos e interage com o cenário para ser jogado longe e alcançar pontos difíceis. Algumas fases tem chefe enquanto outras um personagem aliado pede que Mowgli colete um certo numero de gemas que depende da dificuldade. Os níveis são diferentes entre as versões do SNES e a do Genesis, mas ambas são bem ágeis e competentes, coloridas e cheias de ação. É um excelente jogo, não importa a plataforma.



Ariel - The Little Mermaid (GEN)
Fantasia é um jogo ruim, mas Little Mermaid é um dos que eu considero menos que isto, a escória dos jogos (assim como Justice League Task Force). O jogador controla ou a Ariel ou o Triton em um jogo que tenta ser um Shmup mas não faz um serviço bem feito. Neste jogo o objetivo é libertar as almas capturadas pela Ursula (só nadar perto), enquanto enfrenta ou esquiva criaturas "malignas" como arraias, tubarões e por aí vai até chegar na bruxa e derrota-la. Os níveis são entediantes e mal-feitos, a detecção de colisão é terrível, sprites porcos. Enfim, o jogo inteiro parece ter sido feito as pressas para ser lançado logo.



Beauty and the Beast - Roar of the Beast (GEN)
Assim como o filme causou uma excelente impressão, o jogo também e ótimo. Existem dois jogos da Bela e a Fera, um deles é Belle's Quest que é mais um jogo de puzzles e exploração e o Roar of the Beast. Este último é um side-scrolling em que o jogador controla a Fera que tem que proteger o castelo contra animais selvagens e, eventualmente, os aldeões. Há alguns mini-games, mas o principal é a parte de caminhar pelos corredores escuros do castelo (bem similar a Castlevania tanto em termos de design quanto de riqueza gráfica). Ele conta com as garras, pode andar nas quatro patas e também pode rosnar um numero limitado de vezes, paralisando o inimigo momentaneamente. O jogo é bonito, com muitos sprites animados, cenários detalhados e um bom uso de contrastes. E o jogo também é bem difícil, mas pelo menos o jogo dá de presente continues infinitos.



Aladdin (SNES, GEN e PC)
E mais um grande sucesso da Disney é representado por um grande jogo. Mas ao contrário de simplesmente transportar o jogo de uma plataforma para outra eles fizeram dois jogos completamente diferentes, tanto em termos de visual, fases e até sistema.
Na versão Genesis, fizeram a animação inteira usando o mesmo processo dos desenhos animados: com cel animation, feito pela mesma equipe responsável por Earthworm Jim. Esta versão é como se fosse um sucessor de Prince of Persia, Aladdin tem uma cimitarra e é capaz de arremessar maçãs que ele coleta pelo caminho para lidar com os inimigos, corre e salta pelos cenários com muitas acrobacias, evitando armadilhas, cenários que caem, estacas e espinhos. É possível coletar gemas, vidas extras e continues tanto nas fases quanto em um bônus game de roleta. A versão para computadores foi baseada nesta.
A versão do SNES foi desenvolvida pela Capcom e os sprites são mais simples mas mais coloridos. Ao invés de uma arma, Aladdin só pode saltar em cima dos inimigos e arremessar as maçãs. Como já comentei, as fases são bem diferentes, com algumas que não tem muito a ver com o filme em si como uma fase da pirâmide. Mais tarde esta versão foi convertida para o GBA com um estágio extra e todas as musicas trocadas por originais. Ambas as versões de 16 bits são recomendadas.



The Lion King (SNES, GEN, PC)
Com um sucesso como o Rei Leão, era obrigação de lançar um jogo a altura, e conseguiram. O jogador controla Simba por fases fieis ao desenho, com cenários detalhados, muitas animações e muito cuidado com o jogo inteiro. Os inimigos do Simba adulto são diferentes de ele filhote e a força dos ataques dele também é de acordo. Tudo é colorido e fácil de se reconhecer e Simba responde muito bem aos controles: além de pisar em cima, Simba pode usar as garras ou ainda rosnar que nem em Roar of the Beast. É um plataforma tradicional, mas com alguns mini-games como fugir dos gnus e as fases do Timon. Há poucos chefes, mas as fases em si já são bem desafiadoras e Scar é um chefe final muito difícil, com um golpe capaz de matar na hora e só há uma maneira de derrota-lo. Não há muitas diferenças das versões, além de alguns efeitos especiais e algumas raras mudanças na cor de alguns inimigos.



Pocahontas (GEN)
Eis outro jogo que segue a risca o que aconteceu com o desenho original: Pocahontas, por mais que tenha sido um filme muito bonito não agradou e caiu no esquecimento. Lançado bem no final da vida útil do Genesis, também foi lançado para PS1 junto com o filme e não teve um bom desempenho. Pocahontas é um jogo muito bonito e bem elaborado. Se Jungle Book está para Pitfall e Aladdin é um Prince of Persia, jogar Pocahontas lembra jogar Tomb Raider mas em 2D. A personagem é muito bem animada e tem uma grande variedade de movimentos e ações, e pode ganhar ainda mais habilidades ao adquirir os espíritos da natureza e ativa-los. Com isso ela pode nadar, saltar mais longe, correr mais rápido entre tantas outras ações, são nove alidades no total. Para alguns seguimentos, é necessário controlar Meeko, o guaxinim que acompanha Pocahontas. Ele pode subir em árvores, empurrar coisas e passar desapercebidos pelos guardas e pode trocar o controle a hora que quiser com apenas um botão. É um bom jogo, mas subestimado e desconhecido, lançado muito tarde.



Claro que existem outros títulos ótimos da Disney para ambas as plataformas, como o Gargoyles (GEN) que é baseado no desenho da TV e o Mickey Mania, mas eles eram parte do plano então eu não vou comentar deles nesta vez. Talvez em uma review em outra ocasião.

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