O prólogo é muito explicativo mas extremamente mal-feito: é apenas letreiro, sem narrativa nem nada, logo você fica perdido (pelo menos em 1 primeira leitura) porque vai ficando meio chato. Não demora até uma cena animada entrar em ação, e nota-se que vai ser dublado. Com a qualidade do CG o minimo se espera algo de qualidade, a nível de um Final Fantasy X, mas quando os personagens abrem a boca... A voz do Calik criança é pior, parece um pre-adolescente querendo se passar por um garoto de 6 anos .E pelo que eu vi, todo o resto da dublagem é do mesmo nível. Sem emoção com vozes que não que sejam ruins, mas não combinam com os personagens. Aparentemente não foi tão culpa dos atores assim, mas da direção de voz. Acontece as vezes.
Uma coisa que eu não gostei muito foi o seguinte: alguns visuais são fantásticos e maravilhosos, extremamente bem-feitos e requintados. Cidades, personagens e monstros são bonitos, mas as vezes são meio desbalanceados. Alguns personagens são tão cheios de detalhes e alguns outros tem uns visuais tão... Pobres. O mesmo vale para localidades e monstros.
A história tem seus momentos - e estranhamente me lembrou muito Final Fantasy VI, embora a única coisa em comum aparentemente até agora é umas partes da guerra que ocorre. Aliás, muita partes da história principal você já viu parecido em algum outro jogo, e muitas vezes vagas em algumas partes, mas até que bem-amarrados. E todas as grandes surpresas do enredo são fáceis de se supor em apenas uma hora de jogo
A direção do jogo é terrível: várias vezes ele não fala exatamente onde você tem que ir, frequentemente é seguir o esquema: ver onde não está bloqueado e ir em frente. Pena que este processo é um saco, e várias vezes você se vê andando em círculos sem a menor ideia do que fazer, e se caminha por várias telas até que Calik avisa que não é para ir por ali.
O sistema de batalhas é estranho. Você mal começa o jogo e já vem um longo tutorial explicando. Eu gosto de ler tutoriais antes de começar a jogar um RPG novo, mas este simplesmente deu vontade de jogar o controle fora! Os menus são desnecessariamente complicados, o sistema de magias por elementos é confuso, e tem até a ver com o elemento da área que você está. O sistema é bem aprofundado, mas aprofundado demais até, e não dá para customizar os controles e comandos para deixa-lo um pouco mais amigável. Sem falar que não fizerem um equilíbrio legal: as vezes ou sua party está forte demais ou fraca demais. O nível dos bichos variam muito de um local para um outro, as vezes parece até ter um retrocesso da dificuldade e em seguida botam uma área extremamente difícil. E a maioria das vezes me vi cansada de tentar entender e fui simplesmente mandando atacar e torcendo pra dar certo. As animações são bonitas, só que as vezes longas demais... Por sinal a maioria das animações são ou longas ou parecem demorar demais, e eu não estou falando de cenas de história, mas sim de abrir baús ou portas!
Agora... Vamos falar dos personagens! A primeira vista, tive duvida se Calik era homem ou mulher, até ouvi-lo falar. Oque significa aquela calça e aquelas penas? Acho que ele teve aulas de se vestir com o Kuja do Final Fantasy IX. Mas pelo menos os jogadores do gênero masculino vão adorar as mulheres bem 'estofadas' com roupas reveladoras. Não sei se isto compensa os monstros sem-inspiração (mencionei que alguns parecem Pokemon rejeitados?) e as batalhas sem-sentido, mas tudo bem.
Magna Carta é um destes jogos que se preocuparam demais com o visual dos personagens principais....E esqueceram de todo o resto. Decepcionante.
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